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Quinta-feira, Abril 18, 2024

Grupos sinodais, uma oportunidade…

A ideia principal que orienta a consulta sinodal centra-se na necessidade da Igreja Católica, em todos os seus níveis de decisão e acção, melhorar o seu serviço ao Evangelho: boa, bela e feliz notícia, confiada pelo Senhor Crucificado e Ressuscitado a Maria Madalena para que a levasse aos Seus discípulos e, com eles e por eles, a toda a Terra.

Como comunidade de discípulos do Senhor que peregrina na história, somos hoje convidados a interrogar-nos sobre o modo como acolhemos, vivemos, celebramos e partilhamos a alegria da manhã Páscoa, dentro e fora do espaço eclesial.

A cada um de nós se pede que, partindo da experiência pessoal e da leitura da realidade, identifique desafios e faça propostas que possam tornar a vida eclesial mais conforme com o Evangelho que anuncia.

São dez os núcleos temáticos propostos à nossa reflexão. Eis uma breve síntese:

-1) Companheiros de viagem: na Igreja e na sociedade, estamos no mesmo caminho, lado a lado. Quem está a ser deixado à margem?

-2) Ouvir: escutar é o primeiro passo, mas requer que a mente e o coração estejam abertos. Conseguimos identificar os preconceitos que impedem a nossa escuta mútua?

-3) Tomar a palavra: todos são convidados a falar com coragem e liberdade, verdade e caridade. Quando e como conseguimos dizer o que é deveras importante para nós?

-4) Celebrar: “Caminhar juntos” só é possível pela escuta comunitária da Palavra e celebração da Eucaristia. Como promovemos a participação activa de todos os Fiéis na liturgia?

-5) Corresponsáveis na missão: a sinodalidade está ao serviço da missão da Igreja, na qual todos os seus membros são chamados a participar. Dado que somos todos discípulos missionários, como é que cada um dos Baptizados é convocado para ser protagonista da missão?

-6) Dialogar na Igreja e na sociedade: o diálogo é um caminho de perseverança, que inclui também silêncios e sofrimentos, mas é capaz de recolher a experiência das pessoas e dos povos. Como são enfrentadas as divergências? Que experiências de diálogo promovemos nós com crentes de outras religiões e com quem não crê? Como é que a Igreja dialoga e aprende com outras instâncias da sociedade: o mundo da política, da economia, da cultura, a sociedade civil, os pobres…?

-7) Com as outras confissões cristãs: o diálogo entre cristãos de diferentes confissões, unidos por um único Baptismo, ocupa um lugar particular no caminho sinodal. Que relacionamentos mantemos com os irmãos e as irmãs das outras Confissões cristãs?

-8) Autoridade e participação: uma Igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável. Como se promovem os ministérios laicais e a assunção de responsabilidades por parte dos Fiéis?

-9) Discernir e decidir: num estilo sinodal, decide-se por discernimento, com base num consenso que dimana da obediência comum ao Espírito. Com que procedimentos e com que métodos discernimos em conjunto e tomamos decisões?

-10) Formar-se na sinodalidade: a espiritualidade do caminhar juntos é chamada a tornar-se princípio educativo para a formação da pessoa humana e do cristão, das famílias e das comunidades. Como formamos as pessoas, a fim de as tornar mais capazes de “caminhar juntas”, de se ouvir mutuamente e de dialogar?

P. Armindo Janeiro

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