Com a reforma do II Concílio do Vaticano, que recuperou a centralidade da celebração da Eucaristia na vida da Igreja, mudou a perspectiva sobre o culto eucarístico fora da Missa, como temos vindo a referir. No pós-concilio, entre outros documentos sobre o culto eucarístico fora da Missa, é particularmente relevante o Directório sobre a Piedade Popular e Liturgia, publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no final de 2001. No número
Ler MaisEmbora a adoração eucarística fora da missa seja uma prática católica secular, importa dizer que o lugar primeiro de adoração é a própria celebração, pela forma harmoniosa como há-de ser conduzida e o destaque a dar aos momentos de silêncio (escuta e meditação). Dito isto, deve afirmar-se que a adoração eucarística fora da Missa é, à sua maneira, um modo de comunhão com a páscoa do Senhor, pois na Eucaristia “Cristo torna presente, na passagem dos
Ler MaisO culto eucarístico fora da Missa é uma prática secular própria da Igreja católica ocidental, largamente desconhecida no Oriente cristão e duramente criticada pelos reformadores protestantes, ainda que hoje, com o movimento ecuménico, a crítica tenha diminuído, devido ao respeito mútuo pelas tradições de cada uma das Igrejas e aos esclarecimentos da autoridade competente. No século XVI, face aos ataques dos protestantes, o Concílio de Trento, em 1551, interveio a favor do culto eucarístico fora da
Ler MaisO culto eucarístico fora da Missa tem as suas raízes no contexto teológico que se desenvolveu entre os séculos IX e XII. Embora houvesse ainda uma visão unitária da Eucaristia, centrada na celebração da Missa e na comunhão dos fiéis, o certo é que já se notavam alguns sinais de desintegração e fragmentação da realidade eucarística. A participação na Eucaristia decrescia e a reflexão teológica mudava de perspectiva. A teologia eucarística do século IX deixou de
Ler MaisAs duas mesas deste singular banquete são a mesa da Palavra (Leituras e Salmo) e a mesa da Eucaristia (Pão e Vinho), cada uma delas com um tempo e centro próprios na celebração; a primeira decorre no ambão e é dedicada à proclamação e escuta da Palavra de Deus; a segunda decorre no altar, para dar graças com, em e por Cristo a Deus Pai pelo Seu projecto de vida e salvação da Humanidade. O tema
Ler MaisA Eucaristia é o banquete que Deus Pai preparou para todos os povos; foi oferecido de uma vez para sempre pelo seu Filho na última Ceia e por Ele consumado sobre a Cruz: um excesso de amor e ternura sem fim e sem limites, escândalo e loucura para crentes e não crentes (1Cor 1,22-23)! Na sua vontade incondicional de dar a conhecer o projecto do Pai, Jesus fez de todos os momentos da sua vida pública,
Ler MaisNo nº 22 das «Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Novo Calendário Romano Geral», afirma-se: «Os cinquenta dias que vão desde o domingo da Ressurreição até ao domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e exultação como se se tratasse de um único e só dia festivo, ou melhor ainda, ‘como um grande Domingo’». Dentro destes cinquenta dias, a oitava celebra-se como ‘solenidades do Senhor’, isto é, com a máxima solenidade litúrgica possível.
Ler MaisNos primeiros séculos, a celebração da Eucaristia aparece sempre como uma acção comunitária/eclesial e tem como momento central a Oração Eucarística [eucaristia significa “acção de graças”], mas quem assume a presidência? No Novo Testamento, esta questão não tem uma resposta clara. A indicação mais explícita que conhecemos encontra-se nos Actos dos Apóstolos (Act 20,7-11) onde se diz que, na comunidade de Tróade, Paulo dirigiu-se aos irmãos e partiu o pão. A Eucaristia era, portanto, presidida por
Ler MaisAs duas denominações mais antigas – “Ceia do Senhor” (1Cor 11,23-25) e “fracção do pão” (Act 2,42) – indicam-nos que a Eucaristia é uma refeição que brota da iniciativa livre e gratuita de Jesus. Fruto da sua entrega sobre a Cruz, foi por Ele ardentemente desejada (Lc 22,15) para dar a conhecer aos discípulos (e a nós) os seus mais íntimos e sublimes sentimentos e (n)os introduzir na comunhão com o Pai e o Espírito Santo.
Ler MaisNo Tríduo Pascal a Igreja celebra anualmente a obra de salvação de Deus Pai que, em seu Filho Cristo, oferece a toda a humanidade e a cada um dos seus membros, a possibilidade de se reconciliar com Ele, inserindo-nos a todos, pela acção do Espírito Santo, no mistério de vida e amor da Trindade Santíssima. Esta grande celebração inicia-se fazendo memória da Última Ceia do Senhor: momento íntimo e sublime de Jesus Cristo com os seus
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